quinta-feira, 24 de maio de 2012

A menina que odiava livros

Animação conta a história de Nina, uma menina que não gostava de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.

A maior flor do mundo - José Saramago


E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?

“Changing Brains” (Cérebros em Mudança)

http://www.aprendercrianca.com.br/informacao/noticias-do-cerebro/%E2%80%9Cchanging-brains%E2%80%9D-cerebros-em-mudanca

Produzido pela Professora Helen J. Neville, Diretora do Laboratório de Desenvolvimento do Cérebro da Universidade de Oregon (EUA) e uma das maiores autoridades mundiais em desenvolvimento e neuroplasticidade, “Cérebros em Mudança” é um programa científico para não cientistas com informações valiosas e recomendações práticas baseadas em evidências científicas para todos Educadores. O tema central do programa é a influência das experiências vividas na modelagem do cérebro humano, seu desenvolvimento e habilidades. O programa começa com uma introdução sobre o cérebro adulto, seguida por nove outros vídeos que abordam funções cerebrais de maior importância como a visão, audição, sistema motor, atenção, linguagem, leitura, matemática, música, emoções e aprendizado. Nessa edição do NC disponibilizamos gratuitamente os dois primeiros vídeos.

A galinha pintadinha (os mistérios envolvidos?)

Hoje vou mostrar os benefícios dos vídeos infantis no desenvolvimento integral das crianças. Escolhi a Galinha Pintadinha pelo seu efeito hipnótico, quem conhece sabe....A grande maioria das crianças ficam hipnotizadas com esse vídeo.Vejamo...s então o que ele oferece:
1) Associação imagem/som: Até hoje não se conhece a razão exata pela qual algumas crianças apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem e outras não. É claro, temos as causas orgânicas (deficiência auditiva, deficiência mental, neuropatias etc) e as causas psicológicas (como a resistência em deixar de ser "bebê", possíveis traumas e outros) que podem justificar o atraso ou o distúrbio linguistico. Mas, entre crianças que não se encontram em nenhuma dessas situações de risco, não é possível saber quais irão necessitar de algum tipo de apoio ou acompanhamento para que desenvolvam a linguagem - e algumas certamente precisarão!

Enfim, é possível adquirir vocabulário e desenvolver bem a linguagem sem que haja estímulo visual, prova disso são as crianças cegas congênitas, que podem fazer bom uso da língua. Mas não podemos negar que é muito mais simples saber o que é um "cachorro" se eu vejo um, ao mesmo tempo em que escuto o seu nome - isso facilita a compreensão da palavra, sua retenção e, consequentemente, o seu uso.
E é isso que os DVDs do gênero oferecem. Uma vez que o som (música ou não) e as imagens correspondentes são apresentados juntos, aquelas crianças que tendem a manifestar dificuldades com o vocabulário receptivo (compreensão), ou até mesmo de Processamento Auditivo Central, serão extremamente beneficiadas. E para todas as outras a associação imagem/som torna o programa, no mínimo, bem mais divertido.

2) Cantigas/Canções: Em vários outras situações já ressaltei (tendo por referência diversos autores) a importância das cantigas e canções para o desenvolvimento da consciência fonológica. Trata-se de um estímulo sonoro extramamente rico em melodia, rimas , repetições de sílabas e de segmentos, além de segmentações de palavras. Tudo isso tende a fazer com que a criança atente para características e para elementos da língua - o que será fundamental posteriormente, durante a aquisição da escrita.
Se falar é um ato automático, que não demanda (normalmente) muita elaboração, a escrita, por sua vez, exige todo uma trabalho e análise e de reflexão sobre a língua. Assim, além de proporcionarem aumento de vocabulário e melhor expressão oral, as cantigas e canções, com seu aspecto lúdico, facilitam a compreensão por parte da criança acerca da língua, em especial, em relação aos seguintes aspectos: percepção de que diferentes palavras apresentar sons parecidos, de que as palavras podem ser "quebradas" em partes menores (sílabas e fonemas), de que as palavras se combinam formando frases e de que as palavras têm tamanhos diferentes.
Dessa maneira, acredito que atividades envolvendo cantigas e canções deveriam ser consideradas de uma maneira mais rigorosa e criteriosa no interior da educação infantil e que poderiam ocupar maior espaço nas escolas.

3) Legenda: No DVD da Galinha Pintadinha, a música é acompanhada de imagens e, também, de legenda. Sobre a legenda existe uma bolinha que salta sobre a sílaba da palavra exatamente no instante em que ela é pronunciada.
Para os pequenos isso é importante por mostrar que existe uma outra maneira de se representar o som da fala - através da escrita - e para os maiores indica que as palavras podem ser segmentadas em sílabas - conhecimento que será muito útil para a alfabetização.

4) Interação Social (OU ISOLAMENTO SOCIAL???): A associação imagem/som, a presença de músicas e de legendas são pontos positivos para os DVDs infantis - jamais negativos. Já quanto ao aspecto da interação social devemos ter muita cautela para julgar, pois, irá depender da maneira como esses DVDs serão utilizados pelo adulto.
Assim, os DVDs desempenharão um papel social se o adulto compartilhar dessa experiência com a criança, demonstrando conhecimento e interesse pelo que está sendo visto. No entanto, o efeito será contrário e negativo se os DVDs forem utilizados apenas com a função de entreter e/ou acalmar a criança e se o seu conteúdo não for explorado e expandido para situações outras como hora do banho, do lanche etc...

Com certeza os DVDs infantis possuem muito mais beneficios para o desenvolvimento infantil do que os aqui colocados. Seria bom ter mais opções destinadas aos bebês. Mas seria melhor ainda se as instituições de educação infantil se servissem desse tipo de material para o aprendizado das crianças, explorando, complementando e ampliando seu conteúdo.
(Limissure)
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Falar e escrever: dois caminhos diferentes a seguir?



Fala X Escrita
Por volta dos seis anos de idade a criança domina a língua oral e vai iniciar, nessa época, o aprendizado da leitura. Entretanto, se o desenvolvimento da fala ocorre de maneira natural, o da escrita será resultado de uma aprendizagem explicita.
O bebê possui competências naturais que lhe permitem aprender a falar. Essas competênc...ias são “ativadas” no contato com o meio social que o cerca. Consequentemente, ele vai compreender e verbalizar a fala sem ter necessidade de um conhecimento prévio sobre as estruturas ou regras que compõem a língua oral.
De maneira diferente se dá o desenvolvimento da língua escrita, pois que esta é uma criação do homem.

A língua escrita: uma reflexão sobre a língua oral?
A aprendizagem da língua escrita em um sistema alfabético necessita do tratamento consciente e voluntário dos componentes da fala. Enquanto que uma criança não alfabetizada trata a língua oral de maneira natural e intuitiva, o pequeno aprendiz da leitura será levado a tomar a fala como um objeto de reflexão e análise, o que torna a aprendizagem da língua escrita mais custosa.

Sobre o que a criança alfabetizada deve então refletir?
O momento de ler e de escrever é o momento de refletir sobre algo que foi feito até então de maneira intuitiva. A criança inevitavelmente vai apoiar-se na oralidade nesse início da aprendizagem da língua escrita, mas, para que haja desenvolvimento, ela deve pouco a pouco perceber as particularidades de cada um desses sistemas lingüísticos.
O aluno então deverá se tornar consciente de que:
-A frases faladas são formadas por palavras e, ao escrever, essas palavras devem estar separadas uma da outra;
-Cada palavra é formada por sílabas e estas por fonemas - aqui entra a “Consciência Fonológica”, bastante citada nas literaturas sobre dislexia.
-As sílabas e os fonemas, se tiverem sua ordem alterada, mudarão toda a palavra;
-Alguns sons da fala são representados graficamente sempre da mesma maneira, já outros poderão ser representados por vários símbolos gráficos diferentes – a criança deverá escolher, entre essas várias possibilidades, a “boa”, ou seja, aquela que é adequada para a palavra a ser escrita;
-Ao contrário, algumas letras podem ganhar sons diferentes dependendo do contexto em que são utilizadas. Nesse caso, será durante a leitura que a criança perceberá que o “s” de “casa” e de “sapo” são pronunciados diferentemente;
-A entonação, a comunicação corporal, enfim, as diversas pistas transmitidas durante a fala, terão que ser representadas na escrita através de frases bem elaboradas e pontuações.

A Consciência Fonológica:
A leitura e a escrita vão exigir da criança um nível de atenção não exigida durante a fala. De todos os itens mencionados anteriormente, a Consciência Fonológica é o assunto do momento. Na França, por exemplo, a lei educacional exige que seja realizado um trabalho visando o desenvolvimento da linguagem dos pré-escolares e, no interior desse trabalho, encontramos o item 4.4 denominado “Tomar consciência das realidades sonoras da Língua” cuja tradução segue abaixo:

“O sistema da escrita alfabética se funda essencialmente na relação entre as unidades distintivas da linguagem oral (fonemas) e unidades gráficas (grafemas). Uma das dificuldades de aprendizagem da leitura reside no fato de que os constituintes fonéticos da linguagem são dificilmente percebidos pela criança pequena. Consequentemente, a criança trata os enunciados que lhe são dirigidos de maneira a compreender seu significado e sem analisar seus constituintes. É então conveniente lhe permitir escutar de outra maneira a fala dos outros e a sua própria, levando a criança a prestar atenção nos aspectos formais da mensagem.”

“Sabe-se que a poesia trabalha os constituintes formais, ritmos e sons, assim como com os significados. É por essa via que nós podemos introduzir as crianças a uma nova relação com a linguagem: cantigas, músicas, poesias, trava-línguas (...).”

“(...) A sílaba é um ponto de apoio importante para aceder às unidades sonoras da linguagem. Encontrar as sílabas que constituem um enunciado é o primeiro passo para tomar consciência quanto aos fonemas da língua. Nós chamaremos atenção para o fato de que as sílabas existem na fala e, segundo a maneira como nós as recortamos, os enunciados formados serão diferente. Uma das maneiras mais simples de fazer com que as crianças sintam as sílabas é ritmar os enunciados com batidas de mãos, por exemplo. Isso pode ser feito naturalmente durante uma canção e muito facilmente nas cantigas e poemas (...). De uma maneira geral, todas essas atividades devem ser curtas, porém, freqüentes, fazendo parte dos jogos ou dos momentos dedicados às atividades de educação artística.”
 

TDAH É UMA DOENÇA INVENTADA?


 Você certamente já leu ou ouviu em algum lugar que o TDAH “é uma doença inventada pelos laboratórios farmacêuticos” ou que é uma “medicalização” de comportamentos de indivíduos que são simplesmente diferentes ...dos demais. Então vamos aos fatos:

1) O que hoje chamamos de TDAH é descrito por médicos desde o século XVIII (Alexander Crichton, em 1798), muito antes de existir qualquer tratamento medicamentoso. Não existia sequer aspirina... No inicio do século XX, aparece um artigo científico publicado numa das mais respeitadas revistas médicas até hoje, The Lancet, escrita por George Still (1902). A descrição de Still é quase idêntica a dos modernos manuais de diagnóstico, como o DSM-IV da Associação Americana de Psiquiatria. Se fosse uma doença “inventada” ou “mera conseqüência da vida moderna”, você acha que seria possível atravessar quase dois séculos com os mesmos sintomas?

2) Os sintomas que compõem o TDAH são observados em diferentes culturas: no Brasil, nos EUA, na Índia, na China, na Nova Zelândia, no Canadá, em Israel, na Inglaterra, na África do Sul, no Irã... Já chega? Pois se fosse meramente um comportamento secundário ao modo como as crianças são educadas, ou ao seu meio sociocultural, como é possível que a descrição seja praticamente a mesma nestes locais tão diferentes?

3) Se o TDAH fosse meramente “um jeito diferente de ser” e não um transtorno mental, por que os portadores, segundo os dados de pesquisas científicas, têm maior taxa de abandono escolar, reprovação, desemprego, divórcio e acidentes automobilísticos? Por que eles têm maior incidência de depressão, ansiedade e dependência de drogas?

4) Se o TDAH fosse “uma invenção da indústria farmacêutica”, você esperaria que a Organização Mundial de Saúde – órgão internacional máximo nas questões relativas à saúde pública sem qualquer vinculação com a indústria farmacêutica – listaria o transtorno como parte dos diagnósticos da Classificação Internacional das Doenças não só na sua última versão (CID-10) como nas anteriores (CID-8 e CID-9)? Pois é, ele está lá no capítulo dos transtornos mentais – vide o site http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10.htm

5) Se o TDAH fosse secundário ao modo como os pais educam seus filhos, por que motivo as famílias biológicas de crianças com TDAH que foram adotadas têm prevalências (taxas) de TDAH bem maiores do que aquelas encontradas nas suas famílias adotivas? A única explicação possível: é um transtorno com forte participação genética.

6) Quantos artigos científicos você acha que já foram publicados demonstrando alterações no funcionamento cerebral de portadores de TDAH? Mais de 200 (você leu certo). Vale também lembrar que os achados mais recentes e contundentes são oriundos de centros de pesquisa como o National Institute of Mental Health dos EUA impossibilitados de qualquer contato com a indústria farmacêutica. O fato de não termos uma alteração cerebral que seja “marca registrada” do TDAH não invalida nem a sua base neurobiológica, muito menos a sua existência. Se fosse assim, não existiria a Esquizofrenia, o Autismo, a Depressão, o Transtorno de Humor Bipolar entre outros, já que nenhum desses tem uma alteração que seja “marca registrada” da doença.

E como você pode acreditar em todas estas informações descritas acima?

Muito fácil: estão em artigos científicos publicados em revistas sérias que exigem rigor científico e passam pelo crivo de vários profissionais antes de serem publicados. E todos estes artigos são públicos. (por exemplo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed)

E quanto aos conflitos de interesses de quem escreve artigos? Eles existem frequentemente e são de dois tipos. O primeiro deles é o chamado conflito de interesses financeiro, onde o autor de um artigo científico (ou um palestrante) recebe verba de alguma instituição em empresa farmacêutica para suas pesquisas ou ainda como consultor. Nestes casos é exigido que ele informe claramente aos leitores de seu artigo (ou aos participantes de uma palestra) os seus potenciais conflitos para que todos possam ler o artigo (ou ouvir sua palestra) sabendo dos mesmos, antecipadamente. Isto é obrigatório nas revistas científicas e em quase todas as associações médicas; no Brasil isto é exigência da ANVISA. Este procedimento garante que nenhum resultado de pesquisa seja apresentado sem que todos possam considerar a possibilidade destes conflitos financeiros; ou seja: exige que o pesquisador apresente dados com a devida transparência.

O segundo tipo de conflito de interesses é o não-financeiro. Este é também extremamente comum e, infelizmente, a sua informação aos leitores ou ouvintes ainda não é exigida por lei. São exemplos: pertencer a uma determinada escola de psicoterapia ou religião que pregam o tratamento através de suas práticas e não através de medicamentos, cargos políticos ou administrativos (que permitem economizar no tratamento de uma doença caso se considere que ela “não existe” ou que “não é necessário usar medicamentos”, etc.)

Quando você ouve alguém falar que “TDAH é uma doença inventada”, por mais eloqüente que seja o autor desta opinião sem qualquer base científica, ou mesmo a sua titulação (a incapacidade e leviandade sempre foram democráticas: também acometem médicos, psicólogos, etc.),pesquise sobre a veracidade (e a origem) do que está sendo dito.

Sempre existiram indivíduos com pouco espírito crítico embora bem intencionados e espertos mal intencionados na história da medicina. Apenas para enfatizar: até bem pouco tempo atrás havia quem bradasse aos quatro cantos que a AIDS não era causada pelo HIV. Outra: que as vacinas para sarampo causavam autismo nas crianças. Ou ainda pior, que condenavam as mães pelo Autismo de seus filhos: chamavam-nas de “mães geladeiras” numa alusão de que era a sua frieza nas relações inicias com seus filhos que criava o autismo na criança!

Os resultados?

Aumento absurdo das mortes por AIDS e de crianças com seqüelas neurológicas irreversíveis por conta de sarampo, uma doença facilmente prevenida. E uma enormidade de mães levianamente culpadas que se viam ainda mais fragilizadas para acolher um(a) filho(a) com uma condição delicada como o autismo. Mediante ao texto acima você tem recursos para acessar fontes realmente seguras e científicas sobre o TDAH. Portanto, dê um basta no discurso vazio! Siga o conselho do poeta Dickens: “não aceite nada pela aparência, só pela evidência”.

No nosso caso, a evidência científica é implacável: o TDAH é um dos transtornos mais bem estudados da medicina e com mais evidências científicas que a maioria dos demais transtornos mentais.

O texto acima foi redigido por: Paulo Mattos – Presidente do Conselho Científico da ABDA– Psiquiatra
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Dicas para Professores de Disléxicos para ajudar estes alunos na sala de aula.


 Dicas para Professores de Disléxicos no sentido de promover o desenvolvimento do aluno com dislexia para que este atinja o seu potencial.

A melhor abordagem ...perante uma aluno disléxico é a multissensorial, ou seja facilitar a aprendizagem utilizando todos os meios disponíveis: visual, auditivo, oral, táctil e cinestésico. Esta abordagem permite que o aluno use os seus pontos fortes para colmatar os mais fracos.

Dicas para Professores de Disléxicos

Interessar-se genuinamente pelo aluno disléxico e pelas suas dificuldades e especificidades e deixar que ele perceba esse interesse, para que se sinta confortável para pedir ajuda;
Na sala de aula, posicionar o aluno disléxico perto do professor, para receber ajuda facilmente;
Repetir as novas informações e verificar se foram compreendidas;
Dar o tempo suficiente para o trabalho ser organizado e concluído;
Ensinar métodos e práticas de estudo;
Encorajar as práticas da sequência de ver/observar, depois tapar, depois escrever e depois verificar, utilizando a memória;
Ensinar as regras ortográficas;
Utilizar mnemónicas;
Incentivar o uso do computador como ferramenta de digitação de texto;
Incentivar o uso do corrector ortográfico de um processamento de texto;
Permitir a apresentação de trabalhos de forma criativa, variada e diferente: gráficos, diagramas, processamento de texto, vídeo, áudio, etc;
Criar e enfatizar rotina para ajudar o aluno disléxico adquirir um sentido de organização;
Elogiar ,de forma verdadeira, o que aluno disléxico fizer ou disser bem, dando-lhe a oportunidade de “brilhar”;
Incentivar a participação em trabalhos práticos;
Nunca partir do pressuposto que o aluno disléxico é preguiçoso ou descuidado;
Nunca fazer comparações com o resto da turma;
Não pedir ao aluno disléxico para ler em voz alta na sala de aula;
Não corrigir todos os seus erros (evitar o uso da cor vermelha, para não ser tão evidente os seus erros);
Não insistir na reformulação, a menos que exista um propósito claro.

Como explicar a um adolescente o que é dislexia


 Como explicar a um adolescente o que é dislexia? O mais importante para um adolescente/jovem disléxico é compreender que não tem culpa por ser disléxico, não fez nada para que isso acontecess...e. Jane Mitchell pensou em algumas analogias para que lhe possa explicar.

Como explicar a um adolescente o que é dislexia

“Imagina que recebeste um computador de prenda de natal. Tem uma grande capacidade de disco, muitos jogos, colunas e vem com impressora a cores.

Depois de tudo montado não funciona como era esperado. O software da impressora é para Apple Mac e tu tens um PC, ou seja a impressora não funciona porque não tem o driver certo.

O computador não tem problema nenhum – aliás, tem uma excelente memória, um bom processador e tudo o que precisa para trabalhar. No entanto há uma incompatibilidade com o input (informação recebida) da Apple Mac e o output (informação entregue) da impressora.

Isto é um pouco como ser disléxico. A informação recebida não combina com a forma como tu aprendes. Algumas matérias na escola serão compatíveis com a linguagem do teu cérebro, outra nem sequer serão compreendidas, como se estivesses a ouvir uma língua estranha e não percebesses nada do que estão a dizer.

Da mesma forma que a impressora, como disléxico tens ideias e conhecimentos, mas não consegues “imprimi-los”, colocar as ideias no papel.”
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Você ensina com gestos, não com palavras!

"QUANDO VOCÊ PENSOU QUE EU NÂO ESTAVA OLHANDO"
(Mary Rita Schilke Korzan)

Quando você pensou que eu nâo estava olhando,eu o vi pendurar minha primeira pintura na geladeira e quis fazer outra.Quando você pensou que eu nâo estava olhando ,eu o vi dar comida a um gato de rua e achei muito bom alguém gostar de animais.Quando vocé pensou que eu não estava olhando,,eu o vi preparar meu bolo favorito e d...escobri que pequenas coisas são muito significativas.Quando você pensou que eu não estava olhando,eu ouvi uma oração e acreditei que existe um Deus com quem eu posso conversar.Quando você pensou que eu não estava olhando,senti seu beijo e me senti amada.Quando você pensou que eu não estava olhando,eu vi lágrimas em seus olhos e aprendi que,nos momentos em que sentimos magoados é bom chorar.Quando você pensou que eu não estava olhando ,eu vi que você se preocupa comigo e desejei ser a melhor pessoa possível.Quando você pensou que eu não estava olhando ,eu olhei..e quis agradecer por todas as coisas que vi quando você pensou que eu não estava olhando".

Atrevés desse poema, podemos perceber o quanto uma criança observa as atitudes dos adultos que estão a sua volta. O melhor aprendizado que podemos oferecer à uma criança está nas nossas ações cotidianas. Portanto, quando exigir um comportamento de uma criança, garanta que você está dando o exemplo adequado.

DISLEXIA: DIÁLOGO ENTRE DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO

DISLEXIA: DIÁLOGO ENTRE DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO
por Áurea Maria Stavale Gonçalves (*)

É muito frequente ouvirmos de pais, ou até mesmo de profissionais, comentários de que são contra diagnóstico, avaliação ou mesmo testes, pois tudo isso só serve para rotular seus filhos, pacientes ou alunos.

Lançar outro olhar sobre a questão é necessário, porque sabemos que rotulados eles já estão. Se não soubermos o que ocorre com a criança (ou jovem), como poderemos ajudá-la a aprender da melhor forma? Ou - o que é ainda mais importante - ajudá-la a aprender da forma que lhe é possível? Com tantos avanços das neurociências,não é mais época de ficarmos tentando acertar por ensaio e erro.

É nesse sentido que a avaliação neuropsicológica e avaliação multidisciplinar (neuropsicológica, psicopedagógica e fonoaudiológica) realizada pela ABD - para o diagnóstico da dislexia - é essencial e faz a diferença para a aprendizagem e desenvolvimento dessa criança.

Considerarei aqui o papel do diagnóstico do disléxico, principalmente em relação a ele mesmo. Na realidade, sabemos que há muitas implicações para a escola, meio social, enfim para a vida (fica para uma próxima reflexão).

A nossa experiência nos permite afirmar que após a criança receber a informação de que é disléxica e entender o real significado disso, sente um grande alívio. Afinal, ela compreende que não é “culpada” dessa dificuldade, nem é burra ou outra hipótese terrível fantasiada por ela. Começa, assim, a tirar o peso que esmagava sua auto-estima. Recordo-me inclusive de uma frase de uma criança de nove anos: “Tia, você tirou o mundo das minhas costas.”

O próximo passo será o acompanhamento. No caso do atendimento psicopedagógico, surgem dúvidas: será que isso adianta mesmo? Alguns pais se reconhecem na dificuldade dos filhos e argumentam que “se viraram” sozinhos. Vale perguntar: a que custo emocional?

E quais são os objetivos do atendimento? Em linhas gerais o portador de dislexia aprenderá a organizar-se em relação às atividades escolares, perceber-se como agente de seu processo de aprendizagem; aprender o como fazer, como estudar, resumir, resolução de problemas e estratégias de estudo. A estruturação do trabalho baseia-se naquilo que foi apontado na avaliação, habilidades e dificuldades. Essas serão abordadas de forma sistemática e contínua com o uso dos mais diferentes recursos. As funções cognitivas de atenção e memória também devem ser enfatizadas. Além disso, é feito um trabalho para percepção de competências visando melhorar a auto-estima e segurança em relação às atividades escolares, propiciando, assim, melhor vínculo com a escola e o aprender.

Usarei para explicar o significado do atendimento psicopedagógico ao disléxico uma paráfrase da simbologia do milho da pipoca, citada por Rubem Alves em seu livro “O amor que acende a lua”: “A pipoca é um milho mirrado , subdesenvolvido que, para alguém que não conheça, parecerá que não pode competir com os grãos normais, graúdos. No entanto, aqueles grãos duros, quebra-dentes, após passarem pelo poder do fogo, transformam-se em pipoca macia”.

O milho da pipoca não é o que deve ser: apenas aquele grão fechado em sua casca dura. Na verdade, ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro, de uma beleza de flor, estourando alegria e pipocando para a vida.

Vamos, pois eliminar o rótulo de preguiçoso, burro e vagabundo de nossas crianças e favorecer, no calor do atendimento psicopedagógico, a transformação daquele milho duro e feio, na pipoca macia, em flor.

sábado, 12 de maio de 2012

Feliz dia das mães!!

Mãe
As vezes não me dou por conta, Mas você mãe é peça fundamental.
A gente sempre esquece disso. Mamei no teu peito, Molhei o teu colo; Nem bem sai do parto E já invadi teu quarto e roubei o teu sono.
Embora você sempre esteja por perto..., Eu nem sempre estou contigo.
Mãe! Não quero distância! Mas a gente anda por ai, buscando caminhos que você começou.
Como você tem o dom maravilhoso de perdoar, Vai saber que a minha idade esconde a criança, Que no berço tinha um abraço, Que sem noção de espaço, ocupava o teu.
E que minha vaidade oculta a vontade De pedir o teu colo
E Nele, num sono profundo, Esquecer-me do mundo
E rever num segundo o quanto conforto o teu colo me deu!!!!
Parabéns a todas as mães!!
 

Crianças de 5 anos no Ensino Fundamental?

O CNE, Conselho Nacional de Educação, autoriza crianças que já tiveram cursado Dois anos de Educação Infantil, a ingressarem no 1° ano do Ensino Fundamental.

O MEC, Ministério da Educação, e representantes de entidades dos direitos da infância, defenderam a rejeição do projeto de lei do senado que quer tornar obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental a partir de 5 anos de idade, ao invés de 6 anos – antes (no Ensino Fundamental de 8 anos) era obrigatória a matrícula de crianças de 7 anos de idade.

Pela legislação atual, alunos de 4 e 5 anos devem ser matriculados na pré escola e de 0 a 3 anos em creches, ambas etapas da Educação Infantil.

O projeto de lei que quer mudar a idade é de autoria do senador Flávio Arns (PSDB-PR). A justificativa para incluir crianças de 5 anos no Ensino Fundamental, segundo texto divulgado pelo gabinete do senador, é que a lei que estabeleceu o Ensino Fundamental de 9 anos não é clara quanto à idade de corte para matrícula da criança.
O CNE já emitiu uma resolução que determina que a matrícula deve ocorrer apenas para crianças que completarem 6 anos até o dia 31 de março do ano letivo.

O presidente da Rede Nacional Primeira Infância, Vital Didonet, afirmou que o que está em jogo é o desenvolvimento da criança. Queimar etapas é prejudicial ao desenvolvimento humano. Cada vez mais os consultórios de Psicologia estão atendendo crianças forçadas precocemente a atender às expectativas do adulto.


O MEC permite crianças de 5 anos no Ensino Fundamental somente até 2011
Gestores de rede de ensino e diretores de escola ganharão mais tempo para adaptar matrículas das crianças no Ensino Fundamental à faixa etária ideal considerada pelo MEC – 6 anos completos até o dia 31 de março do ano em que ingressar no 1° ano do Ensino Fundamental.

O Ministro da Educação Fernando Haddad, aceitou a recomendação do CNE e ampliou o prazo até 2011.
A decisão do Ministro permitirá que as crianças que ainda não têm 6 anos completos e não terão feito aniversário até 31 de março do ano de 2011 possam entrar no Ensino Fundamental.

Em 2011 – As crianças que vão ingressar na escola (Educação Infantil) pela primeira vez só poderão ser matriculadas se tiverem 4 anos completos até 31 de março.

A etapa de 0 a 3 anos é chamada de creche; 4 e 5 anos é chamada de Educação Infantil. Podendo ser na mesma escola.
Alguns pais estão com dúvida, acreditando que os filhos só podem entrar na Escola quanto tiverem 4 anos.
Não há mesmo notícias claras.

FONTE: Terra Educação
UOL

O grande problema da Educação é querer “tapar o sol com a peneira”. O que adianta antecipar o ingresso de crianças no Ensino Fundamental?
Querem mostrar resultados de melhorias na educação, mas esquecem que estão lidando com seres humanos em formação.

Até quando as crianças vão ser pressionadas a crescerem mais rápido, a pular etapas, a suprir as expectativas do adulto?

Os pais precisam conhecer a idade de seus filhos, saber o que cada idade representa na vida do ser humano e contribuir para um crescimento saudável.

Na Infância é brincando que a criança percebe melhor o mundo, descobre seus mistérios, constrói suas hipóteses e, enfim, aprende.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Inclusão e Psicopedagogia


                                                 INCLUSÃO E PSICOPEDAGOGIA

A psicopedagogia reconhece que todo ser humano tem necessidades especiais, pois não existe uma pessoa que tenha talentos e habilidades múltiplas. Sendo assim, a inclusão é a gestão da diversidade e a articulação dos diversos segmentos da sociedade.

Congresso Rio de Janeiro 2011


Psicopedagogas Gabriela Guarnieri, Rita Bucioli e Simone Silva com o Dr. Rohde.

O poder está nas suas mãos!!

Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.
É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.

Bertolt Brecht

Atenção sociedade!!!!!!! A EDUCAÇÃO TEM O PODER DE TRANSFORMAÇÃO!!!!
 
 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Simon fala sobre sua recuperação total do autismo

Uma solução para o Autismo - Juntar-se à criança!

Estratégias para Auxiliar o Desenvolvimento do Autismo- Son-Rise






Congresso Rio de Janeiro

Psicopedagoga Gabriela Mendes participa do 4° Encontro Latino Americano de TDAH

A psicopedagoga Gabriela Guarnieri Mendes participou do 4° Encontro Latino Americano de Transtorno por Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), realizado dias 4 e 5, no Rio de Janeiro. Promo-vido Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) em parceria com a Liga Latinoamericana del TDAH, o congresso contou com a presença de palestrantes nacionais e internacionais que discuti-ram as pesquisas mais recentes sobre o diagnóstico e tratamento do TDAH – Transtorno por Déficit deAtenção/Hiperatividade em todo o mundo.Sob o título “TDAH um compromisso de todos”, o evento reuniu mais de 1,2 mil pessoas, entre profissionais de saúde e educação, familiares e portadores de TDAH que lotaram o V Congresso Internacional da ABDA. O Congresso foi aberto com a Conferência Magna ”TDAH: Uma doença inventada”, proferida pelo psiquiatra, pesquisador da UFRJ e presidente do Conselho Científico da ABDA professor Paulo Mattos, que respondeu com dados científicos às recorrentes críticas realiza-das no Brasil, segundo as quais o TDAH seria uma doença inventada. “Esses críticos do TDAH não têm pesquisas nem trabalhos científicos publicados sobre seu ponto de vista”, respondeu. ”Eles dizem que o diagnós-tico rotula os portadores, mas a verdade é que a criança portadora do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade já é rotulada na escola, por meio de apelidos e estigmas que levam à exclusão.”Paulo Mattos também atribuiu as críticas quanto a existência do TDAH a uma suposta ”ameaça” que as Neurociências estariam representando na atualidade e que seria uma oposição aos modelos das Ciências Sociais: “O fato, no entanto, é que tanto o determinismo biológico quanto a Engenharia Social são extremos que não devem pautar os profissionais de saúde. Em razão dessa discussão, só no Brasil se difundiu a ideia errônea de que psicólogo não está apto para tratar terapeutica-mente os transtornos neurobioló-gicos, como por exemplo, o TDAH”, explica o psiquiatra. Crianças com TDAH amadurecem mais lentamente – Em consoante com a aula inaugural ministrada por Paulo Mattos, o neuro-psicólogo holandês, Joseph Sergeant, coordenador da Rede Européia de Pesquisa em TDAH, iniciou os trabalhos do segundo dia do Congresso explicando por que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade não é uma fantasia psiquiátrica. “Muitos genes contri-buem para o TDAH, não há um gene único” explica Sergeant. “No entanto, as neuroimagens mostram que as crianças com TDAH apresentam um menor número de conexões entre as diferentes partes do cérebro em comparação com as outras crianças. Isso resulta numa dificuldade em focar a atenção e conse-quentemente, na aquisição mais lenta do aprendizado.”Psicoeducação é arma contra a irritabilidade – O TDAH é um dos transtornos psicológicos mais estuda-dos, mas as emoções das crianças portadoras são pouco compreendidas, em particu-lar a irritabilidade, uma vez que a maior parte dos estudos realizados até hoje focaram a hiperati-vidade e a desatenção. A conclusão é de Argyris Stringaris, conferencista principal do Congresso, pesquisador da Escola de Medicina do Instituto de Psiquia-tria King´s College, de Londres. De acordo com o pesqui-sador, de 3 a 5% da popu-lação em geral sofrem de irritabili-dade em casa, na escola e na vida familiar. Entre os portadores de TDAH, o percentual é de 30% a 70% Stringaris investigou a possibilidade da irritabili-dade se dever a outra razão, como TOD, bipolaridade, depressão ou desregulação do humor: “O transtorno bipolar é bem mais raro entre crianças e adoles-centes do que o TDAH e os recentes estudos comprovam que as crianças com TDAH são mais irritáveis e por conta disso apresentam alguns sintomas de desregulação do humor”, concluiu.