segunda-feira, 14 de março de 2016

4 razões porque os filhos param de respeitar os pais



Por Renata Finholdt
Muitos pais sofrem acreditando que estão criando mal seus filhos e não sabem o que estão fazendo de errado, tampouco como consertar aquela situação. Seus filhos, mesmo sendo pequenos, têm atitudes de desobediência e desrespeito que lhes causam profunda tristeza
Corrigir com algumas palavras mais duras ou colocá-los de castigo por alguns instantes não surtem o efeito necessário para que aquela situação cesse de vez. O ideal é cortar o mal pela raiz, primeiramente mudar as próprias atitudes para que assim os filhos possam ser corrigidos.
De acordo com a experiente Dra. Erica Reischer, psicóloga e terapeuta familiar, algumas das razões pelas quais os filhos deixam de respeitar seus pais, são:

Os pais deixam de prestar atenção em seus filhos e não percebem o comportamento desrespeitoso

Está certo que vida de pai e mãe não é fácil, mas é preciso colocar algumas coisas em ordem de prioridade, e os filhos devem ser um dos primeiros da lista. Talvez seja preciso fazer algum tipo de autoavaliação para verificar como é o seu relacionamento com seus próprios filhos. Você dá atenção necessária todos os dias? Presta atenção não só nas necessidades deles, mas também nas conversas?
Por ignorarem os filhos em prol de algo menos importante, as crianças acabam perdendo o respeito pelos pais e passam a ignorar seus pedidos e ordens. Talvez seja apenas um espelho da maneira como estão sendo tratadas.

Os pais se acostumam com o comportamento de seus filhos

      Muitos pais não conseguem corrigir seus filhos nas primeiras vezes que eles os tratam desrespeitosamente e a consequência disso é que próximas atitudes semelhantes virão.Lembrem-se, pais, é seu dever cuidar e educar seus filhos. Eles precisam crescer educados e sadios. Quando eles ultrapassarem os limites de uma boa educação a correção de forma pacífica é necessária para que ambos, vocês e eles, não sofram depois.
      Os pais não têm certeza de como modificar tal comportamento
Quando seus filhos os tratam com desrespeito qual a melhor atitude a tomar? Cada família com certeza encontrará a melhor resposta, no entanto, o que não pode deixar de ser feito é sinalizar aos pequenos que aquela atitude além de feia é errada. Eles precisam entender isso.
Se vocês ainda não sabem como corrigi-los há sempre a experiência das pessoas mais velhas ou amigos próximos que poderão trazer algum tipo de auxílio para esses casos.

O comportamento não se adapta as suas expectativas de como as crianças devem agir

Muitas vezes criamos em nossa mente falsas ideias de como são as coisas. Uma criança com mau comportamento ou que faz birra no supermercado para que os pais comprem algo que ela quer não está agindo certo, por mais que alguns pais achem isso normal.
A educação deve ser dada às crianças desde ainda bem pequenas. Elas precisam conhecer a palavra respeito e aprender a agir respeitosamente. Não deixe que os pequenos assumam comportamentos ruins imaginando que um dia crescerão e entenderão o que é certo. Isso pode não acontecer e você terá criado um adulto prepotente e mal-educado.
Passem hoje mesmo a analisar suas atitudes em relação aos seus filhos e assumam a posição de educadores para o próprio bem deles.


Ler mais: http://www.contioutra.com/4-razoes-porque-os-filhos-param-de-respeitar-os-pais/#ixzz42tu82E9I

Seu filho te tira do sério?? Isso pode ser sério.



Na verdade crianças não “tiram os adultos do sério”.
Adultos já estão “fora do sério”.
Adultos vivem “fora do sério” por questões pessoais!
Por suas próprias frustrações, preocupações, medos, mágoas, receios, pressa, pressões externas e internas. Os adultos estão constantemente fora de si, desarmonizados, encolerizados, contidos, como bombas prestes a explodir.
O que acontece é que mais facilmente se deixam explodir quando precisam lidar com quem é menor, mais frágil, indefeso, quando lidam com quem não precisam temer uma retaliação…
Por isso, antes de se permitir “sair do sério” com uma criança, reflita se você já não está “fora do sério” por outras razões em sua vida, razões que só você pode (e deve) tentar mudar!
Talvez seja a vida apressada, cheia de horários controlados por segundos preciosos, que não podem ser “perdidos” por causa de uma criança, que precisa andar mais devagar para olhar pedrinhas na calçada.
Talvez sejam as contas para pagar e os prazos para cumprir, que consomem, além de energia física, uma preciosa tranquilidade mental, tão necessária para desfrutar da companhia dos filhos.
Talvez sejam as expectativas pessoais, que visam sempre um futuro melhor, mas fazem esvair por entre os dedos qualquer possibilidade de viver o agora, e tal impossibilidade grita através do choro dos filhos, que imploram neste momento a atenção de hoje.
Adultos estão constantemente “fora do sério” por causa das mágoas do passado, da pressa no presente e das angústias do futuro!
E as crianças, na verdade, precisam de muito pouco. Porém, o pouco que elas precisam é algo que se tornou muito difícil para nós, adultos! Elas precisam de tempo de qualidade, de olhar demorado, de presença verdadeira, sem TV ligada, sem atender o celular no meio da brincadeira, precisam de uma volta na pracinha sem um “anda logo”.
As crianças não nos tiram do sério, não nos cobram nada, é que nós, preocupados, ansiosos e infelizes, nos sentimos cobrados internamente, e quando uma criança nos pede algo simples, lá no fundo sentimos vergonha, pois descobrirmos que somos, ou estamos, incapazes de realizar mesmo as coisas mais simples.
São as coisas simples que carregam em si as maiores alegrias. Nossas escolhas, conscientes ou não, determinam muitas coisas em nossas vidas, e as crianças chegam depois que muitas dessas escolhas já estão solidificadas; e chegam em meio a um turbilhão de preocupações, prazos, horários, dívidas e metas, chegam silenciosas em meio a mil vozes que nos dizem que são elas, as crianças, que precisam se adaptar e se encaixar. As crianças chegam nos pedindo um pouco mais de tempo, passos mais lentos, olhares mais atentos, abraços sem pressa, sorrisos sem limites…
Chegam nos mostrando que nem nós deveríamos aceitar nos encaixar na vida atribulada e vazia, que nos consome na mesma medida que consumimos cada dia sem sentir, sem perceber.
As crianças não nos cobram, elas nos mostram que estamos incapazes de desacelerar, de sorrir, de contemplar, de cantar ou dançar, de respirar e suspirar, de sentir alívio ou paz. E em vez de refletirmos sobre nossas escolhas, que podem não ter sido as melhores até então, mas que podem melhorar, ou até mesmo serem diferentes a partir de agora, a gente “prefere” brigar com as crianças, bater nas crianças, sair do sério com as crianças!
Os filhos nos lembram constantemente sobre o que realmente importa, especialmente quando nem queremos que nos lembrem dessas coisas. Os filhos querem apenas um pouco mais da gente mesmo! Mas isso se tornou quase impossível, pois perdidos entre as experiências do passado, a pressa no presente e o medo do que virá amanhã, nem conseguimos nos lembrar quem somos, ou quem queríamos ser…
Não lembramos mais quem somos em meio a tantas preocupações e angústias!
Precisamos refletir não sobre os adultos que nos tornamos, mas sobre as crianças que nós mesmos um dia fomos!
Tentar lembrar o que sentíamos, o que desejávamos, o que era importante para nós quando éramos pequenos!
Não existe criança que precisa apanhar para aprender, o que existe, infelizmente, é adulto que precisa bater, e que batendo, acredita que está ensinando algo bom.
Bater, agredir, gritar, deixar chorar, apressar, negar, brigar, culpar, ignorar…
E isso tudo por causa de suas próprias questões pessoais.
É difícil e trabalhoso enxergar que o problema no comportamento da criança pode ser a escola que ela é obrigada a frequentar, é muito difícil e trabalhoso enxergar que o problema pode ser o ritmo acelerado da vida que nós escolhemos.
Pode ser trabalhoso perceber que o problema pode ser as pessoas que rodeiam as crianças.
Pode ser difícil e doloroso enxergar que o problema pode ser a gente mesmo.
Por isso, e por muitas outras coisas, decidimos que o problema é a criança, e por não conseguirmos mudar o contexto que nós vivemos, tentamos mudar a criança.
Romper com o passado, mudar o presente e temer menos o futuro, pode dar muito trabalho!
Então, decretamos que são as crianças que nos tiram do sério.
Quando cuidar e educar se limita a fazer dos filhos aquilo que a gente quer, quando se limita a enquadrá-los à força dentro de uma rotina alucinada, perdemos toda a leveza, a liberdade e a alegria.
Tudo se torna extenuante, e até o que é natural é percebido como se fosse um problema.
Existem métodos, dicas de disciplina positiva que podem indicar o caminho, mas não há soluções prontas, especialmente se o que os pais procuram é um método milagroso que elimine todo e qualquer conflito.
As situações tensas, os embates, as crises, sempre vão existir, e são parecidas em todas as famílias, o que difere é a capacidade que algumas pessoas tem de lidar com elas de uma forma mais leve e produtiva.
Não adianta querer ser imediatista. E atualmente todos sofremos deste mal, queremos ser atendidos imediatamente, queremos que as encomendas cheguem o quanto antes, queremos que a fila ande o mais rápido possível, nós, os adultos, queremos que o link abra em um segundo, queremos o resultado já, agora, neste instante. E no que diz respeito a relações humanas, o tempo de resposta não está na velocidade de um clique, a resposta está na confiança que se planta a cada dia, mas se colhe num tempo que não podemos controlar. Criar e educar é uma construção diária, lenta, trabalhosa, que se prolonga por todo o tempo que durar a relação, ou seja: provavelmente a vida inteira.
O diálogo, a confiança e o respeito se constroem dia a dia, nas coisas simples, através dos detalhes.
Algo que aparentemente não deu certo em uma determinada situação pode ter sido uma semente a germinar e gerar frutos benéficos em um futuro próximo ou distante.
Nada se perde no que diz respeito aos cuidados com os filhos!
A maioria das situações de conflito que surgem, especialmente as rotineiras, as que se repetem, podem ser evitadas e contornadas.
Os momentos de crise, de embate entre pais e filhos, podem ser superados de forma harmônica e construtiva, isso se houver um pouco mais de paciência, boa vontade, autoconhecimento e tempo, coisas que dependem dos adultos e não das crianças.
Carl Gustav Jung já dizia que se você encontrar algo que gostaria de mudar em uma criança, deveria antes se perguntar se não há algo que você deveria mudar em você mesmo. Antes de erguer a voz para uma criança, reflita sobre o quanto está ouvindo a sua própria voz interior, e se está sendo capaz de compreender o que esta voz lhe diz. Antes de erguer a mão para uma criança, reflita sobre o quanto está erguendo a mão para mudar o que não está bom, dentro e fora de você… Que nos sirva apenas de alerta, ou como um convite para refletirmos, que sempre há muito a ser mudado em nós mesmos, quando temos o ímpeto de mudar algo em uma criança!

Por Luzinete R. C. Carvalho (Psicanalista) – 08 Janeiro 2015 –Visão Clara

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O medo em cada fase da infância





O medo faz parte da vida. A forma como lidamos com ele é que são elas. Então, como ajudar a criança a enfrentar seus medos, desde os primeiros anos de vida?
A ideia com este post é dar subsídios para que você possa ajudar os pais a entenderem melhor os medos infantis, sabendo que eles são importantes para o desenvolvimento de seus filhos. Aliás, na dose certa, o medo é nosso aliado para a vida toda, porque nos alerta de algum risco que estamos correndo. Na infância, esse sentimento é uma resposta emocional frente a uma situação inédita e a capacidade de dominá-la.
A criança diz para o adulto que está com medo do monstro. O adulto sabe que monstros não existem, mas a criança não, porque ela ainda mistura realidade e imaginação. Dizer a ela que monstros não existem não irá acalmar o seu temor. Nesse momento, o importante é acolher e mostrar que ela está protegida e em segurança.
Outro comportamento que não agrega é menosprezar ou ridicularizar o medo, dizendo à criança que o que ela sente é bobagem, que ela é covarde ou algo do tipo. O sentimento dela é legítimo e precisa ser acatado.
Os medos infantis são mais intensos entre quatro e seis anos e começam diminuir aos sete, quando a criança tem mais subsídios para entender acontecimentos e situações.
Esse medo tende a aumentar diante do novo, como a mudança de casa, de escola, separação dos pais, morte de um familiar, ou quando a criança fica muito exposta a informações perturbadoras como guerras e sequestros.
No quadro a seguir, um resumo dos medos prováveis em cada fase da Primeira Infância (período da gestação aos seis anos):
Até os 6 meses – medo de ruídos fortes ou gerado pela sensação da perda de segurança.
7 aos 11 meses – a criança começa a distinguir rostos familiares. Pessoas estranhas tendem a assustá-la. Pode também ter medo de altura.
1 ano – medo de ficar longe dos pais, temendo que desapareçam. Esse medo começa nessa fase e se intensifica nos próximos três anos.
2 anos – a criança começa a entender a relação causa-efeito e experimenta sua falta de controle sobre o mundo, temendo barulhos altos como trovões, trens, aspiradores, além de médico, objetos grandes e criaturas imaginárias.
3-4 anos – a imaginação é muito fértil, por isso tem muito medo, especialmente de máscaras ou rosto coberto (palhaço, pessoas fantasiadas), escuro, monstros, insetos e de ficar sozinho.
5 anos – os medos são mais concretos: se machucar, trovão, ladrão, medo de cachorro e de se perder dos pais.
6-7 anos – nesse estágio do desenvolvimento seu senso de realidade é mais claro, porém ainda possui uma imaginação criativa, com medo de bruxas, fantasmas, tempestades, de dormir sozinho ou que algo ruim aconteça aos seus pais.


Fonte: http://desenvolvimento-infantil.blog.br/o-medo-em-cada-fase-da-infancia/